Sobre mim
Nascida em Rio Claro, interior de São Paulo, morei na casa dos meus avós a maior parte da vida. Na infância, adorava ficar brincando na rua com as crianças, ou em casa assistindo desenhos e agarrada com meus gatos.
Antes de pensar em cursar psicologia, percebi o quanto era especial quando eu me sentia ouvida pelas pessoas naqueles momentos de crises da adolescência. Ter alguém dedicando seu tempo a me ouvir era uma sensação tão mágica, que eu mudei a minha forma de conversar e passei a ouvir mais, pois queria que mais pessoas sentissem aquele alivio. Ali começou a despertar a psicóloga que havia dentro de mim.
Me formei em psicologia no ano de 2016, e me especializei em neuropsicologia para compreender melhor o funcionamento do cérebro, relacionando o comportamento humano e suas emoções.
Atendi em consultório físico, me aprimorei realizando cursos, vivências em projetos sociais, palestras, e muitos estudos. Posteriormente, com o desafio dos atendimentos exclusivamente online durante a pandemia, descobri que existia outro mundo além das paredes de um consultório.
Curiosidades
Ter uma experiência internacional e conhecer o mundo a fora, talvez seja o desejo de muita gente, assim como era o meu. Quando essa oportunidade bateu em minha porta, junto com ela havia uma lista de escolhas que eu teria que fazer se quisesse viver essa experiência. Precisaria abrir a mão de algumas conquistas, como meu consultório físico onde recebia meus pacientes com tanto carinho. Precisaria aprender a lidar com não compartilhar mais momentos com meus amigos, em não estar perto da minha família em datas especiais. Sair do Brasil não foi uma decisão fácil, e me fez refletir muito sobre quem eu era, e como seria minha vida dali para frente.
Por mais que me eu sentia pronta para enfrentar o que pudesse acontecer dessa mudança, não tem como estar preparada para situações que ainda não existem, e você só sabe disso conforme elas vão acontecendo. Estar um local onde você não é absolutamente ninguém, é desafiador a cada minuto. Aliás você é sim alguém, pois todas as experiências já vívidas, é o que te constitui como pessoa, mas ali essa bagagem não tinha muita serventia. Idioma diferente, regras diferentes, olhares indiferentes. Uma sensação paralisante.
A mente humana com suas armadilhas me fez acreditar que em um “tempo específico” aquela sensação paralisante passaria, e não foi o que aconteceu. Ao mesmo tempo que existia uma força de vontade em fazer esse sonho dar certo, havia uma dor muito grande, e eu não entendia o porquê. As lembranças do que havia ficado para trás, junto com a insegurança do que viria pela frente me causavam uma dor física. Era um choro que doía.
E foi no meu processo de terapia, no meu trabalho de autoconhecimento que entendi que aquela dor tinha um nome: LUTO! A partir do momento em que a minha dor foi nomeada, eu entendi como o que estava lidando, e então pude conviver melhor com os sentimentos que aquela experiência estava me trazendo.
Esse momento particular da minha vida me fez perceber que como profissional eu poderia ajudar mais as pessoas. Me especializei no tema do luto, aperfeiçoei meu conhecimento técnico ao identificar que a dor do luto está presente em pequenos detalhes da nossa vida, e essa ferramenta na prática clínica soma ainda mais em meus atendimentos.